A Petrobras anunciou ontem um reajuste de 19% no gás natural. Os valores serão repassados para as distribuidoras e passam a valer a partir de domingo (1º/5). O impacto será sentido especialmente na indústria, setor que mais utiliza o insumo. Mas, os consumidores que utilizam gás natural veicular (GNV) para abastecimento de automóveis e as residências que recebem o gás canalizado também sofrerão com o aumento. Vale ressaltar que a alta não tem a ver com o gás de botijão consumido na maioria das casas brasileiras.
Em nota, a petroleira informou que o reajuste do insumo é feito trimestralmente e, desta vez, a porcentagem foi maior do que de costume. Segundo a estatal, o aumento foi devido à alta do dólar e à volatilidade dos preços do petróleo tipo Brent. Os novos valores irão vigorar até 31 de julho.
"A Petrobras esclarece que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais. Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais", diz o comunicado.
No Brasil, consomem gás natural cerca de quatro milhões de unidades residenciais, dois milhões de veículos convertidos a GNV, 3.600 indústrias e pouco mais de 45 mil comércios, como shoppings, bares, restaurantes, padarias, hospitais e aeroportos, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).