Calote
Cantor gospel com 265 mil seguidores dá calote de R$ 300 mil na Prada, Gucci e Burberry
O artista, que costuma fazer apresentações em lives, igrejas evangélicas e programas de tevê, contava com o auxílio de dois comparsas
20/10/2021 08h46 Atualizada há 3 anos
Por: Fonte: Metrópoles

Com 265 mil seguidores nas redes sociais e famoso no cenário da música gospel brasileira, um cantor foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por associação criminosa e estelionato após dar calote em três lojas de algumas das maiores e mais caras grifes do mundo, entre elas as italianas Prada e Gucci, além da inglesa Burberry. Outros dois comparsas também acabaram indiciados.

Lives

De acordo com as investigações conduzidas pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), André Luís dos Santos Pereira (foto em destaque), 35 anos, deixou um rastro de prejuízo que se aproxima de R$ 300 mil. O valor se refere a peças de roupas de alto padrão, como ternos, camisas sociais, sapatos, cintos e calças. O cantor, que costuma fazer apresentações em lives, igrejas evangélicas e programas de TV, contava com a ajuda de dois comparsas.

Falso escritório

Para aplicar os golpes e passar credibilidade, o cantor utilizava uma sala comercial em um prédio corporativo na área central da capital da República. Representantes das grifes recebiam ligações feitas pelos outros indiciados: Carlos Roberto Saraiva Júnior, mais conhecido como Pastor Juninho, ou Tiago Barbosa de Miranda. O trio sempre solicitava atendimento personalizado no suposto escritório do cantor.

Transferência falsa

Em 6 de setembro deste ano, o trio entrou em contato com um vendedor da Prada e comprou R$ 151.373,11 em várias peças de roupa. Dois dias depois, os golpistas fecharam negócio com um vendedor da Gucci em R$ 124,3 mil referentes a calças, camisas e outros acessórios. Em ambos os casos, o cantor gospel simulava telefonar para um suposto assessor pedindo que uma transferência bancária fosse feita para a conta da loja. Segundos depois, um dos comparsas mostrava ao representante da loja um suposto comprovante de pagamento, que, na verdade, nunca havia sido feito.

Diz fazer obras de caridade…

A terceira loja, da marca inglesa Burberry amargou R$ 72 mil de prejuízo no mesmo esquema. Representantes das lojas entraram em contato com os golpistas, que sempre apresentavam várias desculpas para justificar a inadimplência. Nas redes sociais, o cantor gospel reforça uma imagem religiosa envolvida com obras de caridade.