O ministro Paulo Guedes, que até essa terça-feira (19/10) não aceitava “de jeito nenhum” furar o teto de gastos para incrementar o valor do Auxílio Brasil, admitiu “licença temporária” para gastar e considerou, até mesmo, antecipar a revisão da regra, que estava prevista para ocorrer em 2026.
O chefe da pasta de Economia disse que o governo deve pedir o que chamou de “waiver” (renúncia da regra). Segundo ele, o espaço fora do teto será de R$ 30 bilhões, se aprovado.
“Estávamos estudando se faríamos uma sincronização de despesas com o teto. Seria uma antecipação da revisão do teto de gastos. Ou mantém [o teto], mas pede uma licença para gastar essa camada temporária de proteção”, acrescentou. “A camada de proteção é transitória.
Nos leva até dezembro do ano que vem. Ou seja, enquanto nós sofrermos esses impactos trazidos pela calamidade da pandemia, nós precisamos de um programa que possa cobrir o preço da comida e da energia, pressionadas pela inflação.”
A mudança de temperamento do ministro ocorre após um dia conturbado para a equipe econômica e os integrantes do governo, marcado por discussões e “muita confusão”.
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