Numa altura em que os preços da energia dificultam as contas dos consumidores e a transição energética europeia pede menos carvão, Polónia e Lituânia estão prestes a concluir a rede de gasodutos que vai ligar a Europa continental à rede do Báltico.
O novo gasoduto não promete grandes mudanças no atual preço do gás, mas no caso da Polónia, pretende ser uma alternativa ao carvão, do qual o país depende fortemente.
Na cerimónia que, esta sexta-feira, celebrou a ligação da rede, o secretário de Estado polaco para o setor afirmou que "a energia é crucial" e, dado o "que se passa nos mercados de energia na Europa é simbólico que hoje em dia liguemos sistemas de transporte de gás entre os [dois] países".
Já para o governo lituano, a nova infraestrutura vai sobretudo permitir flexibilizar o fornecimento, pois, tal como nota o ministro da Energia, da mesma forma que o gás do país vai passar a entrar na Polônia, "se o preço for bom", a Lituânia vai receber o gás do Estado vizinho, Uma relação comercial que, nas palavras do ministro, permitirá "aumentar a concorrência e fornecer bons preços aos consumidores" dos dois países.
A obra, financiada pela União Europeia em mais de 276 milhões de euros, está quase pronta. Ditam as previsões que, após o fim da construção e a realização de testes, o gás vai começar a passar a meio do próximo ano.