Senadores do G7, grupo majoritário que comanda os trabalhos da CPI da Covid-19, possuem acordo para inclusão de 10 novos nomes no rol de indiciados do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL). A inclusão ocorre na véspera da votação do texto final do documento que sintetiza os trabalhos do colegiado, prevista para ocorrer já nesta terça-feira (26/10).
A informação foi confirmada pelo vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar está reunido com demais senadores do G7 na noite desta segunda (25/10) para alinhar os últimos detalhes do relatório. Segundo o senador, serão incluídos no relatório os seguintes nomes:
– Heitor Freire de Abreu, ex-coordenador do Centro de Coordenação de Operações do Ministério da Saúde , por suposto crime contra a humanidade e de epidemia;
– Marcelo Bento Pires, assessor do Ministério da Saúde;
– Alex Lial Marinho, ex-coordenador de Logística do Ministério da Saúde;
– Thiago Fernandes da Costa, assessor técnico do Ministério da Saúde;
– Hélcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil, sob acusação de advocacia administrativa e estelionato majorado na modalidade tentada;
– Regina Célia Oliveira, fiscal de contratos da Saúde, pelo crime de advocacia administrativa;
– Amilton Gomes de Paula, reverendo presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), por estelionato majorado na modalidade tentada;
– José Alves Filho, sócio da Vitamedic Indústria Farmacêutica Ltda.;
– Hélio Angotti Netto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, do Ministério da Saúde; e
– Antônio Jordão, presidente da Associação Médicos pela Vida.
O relatório lido por Calheiros na última semana continha 68 nomes, sendo 66 pessoas físicas e duas empresas. Agora, com a recente atualização, o rol de indiciados passa a ter 78 nomes.
Randolfe afirma que o colegiado já tem maioria para aprovar o relatório com a inclusão dos novos nomes. O único impasse dentro do G7 diz respeito ao senador Eduardo Braga (MDB-AM), que critica a ausência de responsabilização do governador do Amazonas, Wilson Lima, em razão do colapso sanitário ocorrido no estado.
O vice-presidente da CPI afirmou que a votação do relatório será “histórica”. “O dia de amanhã vai ser um resultado de 6 meses de trabalho da comissão parlamentar de inquérito que mais impactou a vida nacional de toda a história do Congresso Nacional. No futuro, os historiadores vão registrar esse momento”, disse.
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