Internacional
Maduro chama Bolsonaro de "imbecil" e "palhaço" por associar vacinas ao HIV
Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, criticou Bolsonaro por associar vacinas ao HIV
27/10/2021 12h44 Atualizada há 3 anos
Por: Fonte: Band

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou o presidente Jair Bolsonaro por espalhar notícias falsas sobre as vacinas contra a Covid-19. Maduro chamou Bolsonaro de “imbecil” e “palhaço” por associar a vacinação ao HIV.

“Temos que promover a vacinação. O imbecil do Jair Bolsonaro no Brasil... Imbecil, palhaço, disse ontem uma estupidez típica de alguém de direita, desprestigiado”, disse Maduro, explicando que Bolsonaro afirmou que "as vacinas contra o coronavírus, quando aplicadas, causavam Aids", declarou o presidente venezuelano em um discurso transmitido pela emissora estatal VTV.

"Bolsonaro passa o seu tempo todos os dias falando mal da Venezuela em vez de se dedicar a governar e atender ao povo. O Brasil atingiu 600 mil mortes pelo coronavírus", afirmou Maduro. “Bolsonaro teve a loucura de dizer que a vacina contra o coronavírus, que é produto da ciência mundial e está protegendo e salvando vidas provoca Aids. Como devemos chamar uma pessoa que diz isso? Irresponsável e louco", disse.

O venezuelano referia-se ao vídeo transmitido pelo brasileiro na última quinta-feira (21), em que presidente citou um falso relatório do governo do Reino Unido na qual ele fez uma associação falsa entre a vacina contra a Covid-19 e contaminação pelo vírus da Aids. O governo britânico desmentiu a informação, inventada por um site que divulga notícias falsas e teorias da conspiração. 

No mesmo dia em que Maduro criticou Bolsonaro sobre a falsa informação sobre a vacina, o brasileiro esteve em Roraima visitando refugiados venezuelanos e criticando Maduro.

A Sociedade Brasileira de Imunologia esclareceu que nenhuma vacina contra a Covid-19 causa Aids, e lembrou que a imunização é a forma mais segura e eficaz de prevenir a doença. Médicos e especialistas também reagiram criticando a fala de Bolsonaro.