Pablino Giménez Ledezma, de 53 anos, confessou na última terça-feira, 2, que assassinou a sua esposa, Patrocinia Romero Olmedo, de 47, depois dela ter matado a filha do casal, Noelia Giménez Romero, de 20, por “ordem de Jesus”.
Os corpos das duas mulheres foram encontrados em estado de putrefação na casa da família em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Em 25 de outubro, Ledezma foi até à 2ª Sub-Delegacia de Polícia denunciar o desaparecimento da esposa e da filha.
Segundo ele, elas estavam desaparecidas desde o dia 22 de agosto. De acordo com o jornal local Última Hora, na ocasião, o homem informou aos policiais que não tinha conhecimento do paradeiro das duas desde que elas embarcaram em um carro de um amigo com destino a Ciudad del Este, onde existe um templo denominado “Centro de Espíritu”.
Após constatar inconsistências no depoimento de Ledezma, a procuradora Reinalda Palacios decidiu inspecionar a casa da família em busca de elementos que pudessem ajudar na investigação. Em um dos cômodos, a procuradora encontrou os dois corpos “praticamente em carne e osso”.
Conforme o relato de Reinalda, além de morar no local, o homem tinha uma oficina nos fundos e trabalhava lá enquanto os corpos estavam na sala, cobertos com cobertores. Em depoimento à polícia, ele confessou o crime e disse que os cadáveres estavam na residência a cerca de dois meses e meio.
Ledezma contou que “Jesus ordenou” a sua esposa que “sacrificasse” a filha “para que ela pudesse ser salva” porque “havia muitos espíritos nela”. “Matei a minha mulher e ela matou a minha filha, às 12h00 de sábado. No dia seguinte, às 16h00, eu matei a minha mulher”, disse o homem. Ele confessou que a Patrocinia morreu sufocada, mas não forneceu detalhes da morte da filha Noelia. Outros três filhos de Ledezma também foram presos por suposto envolvimento no duplo homicídio. São eles: José David Giménez Romero e os menores de 17 e 15 anos.