Polícia

‘Meu nariz começou a ter cheiro de carniça’, diz vítima de rinoplastia malsucedida

Veraldino de Freitas Júnior é um dos 7 pacientes que prestaram queixas contra o cirurgião plástico Alan Landecker, investigado pela Polícia Civil de São Paulo

05/11/2021 15h09Atualizado há 3 anos
Por: Redação
Fonte: Jovem Pam

A Polícia Civil de São Paulo investiga o cirurgião plástico Alan Landecker, especialista em rinoplastia, por suspeita de deformação no nariz de cerca de 30 pacientes. Em entrevista ao Morning Show nesta sexta-feira, 5, uma das vítimas, o médico e empresário Veraldino de Freitas Júnior, relatou sua experiência pós-cirúrgica com Landecker. “Sempre havia um inchaço esquisito, uma secreção, um odor diferente. 

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O olfato, que deixa de existir. Ele  sempre me dizia que com o tempo isso ia passar. Fui aguardando, o profissional é o melhor, não iria atrapalhar a condução do caso”, disse. Porém, 5 meses após a realização da rinoplastia, a vítima passou a sentir odores na região do nariz. “Começou a feder, tinha um cheiro de carniça. 

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As pessoas começaram a sentir o cheiro. Pensava se era cirurgia ou um pouco de sangue coagulado. Ficava atrás disso, até que um dia fui ao banheiro e senti um cheiro insuportável, parecia algum bicho podre. Saí do banheiro e o cheiro me acompanhou, pensei ‘Meu Deus do céu, está podre’.”

 

Em São Paulo, Veraldino buscou o auxílio de Landecker que, segundo o empresário, o orientou que o problema no nariz se tratava de uma rejeição do organismo, incomum a outros pacientes. “Fui para São Paulo e ele disse que meu organismo havia rejeitado. 

 

Ele dizia para ficar tranquilo, que era simples de resolver. Eu sempre perguntava se acontecia só comigo, ele dizia que era eu que não estava respondendo bem, que colocava cotonete, deitava com algum cachorro.” Hoje, o paciente busca em países estrangeiros uma saída para tratar a infecção bacteriana adquirida durante a operação. 

 

“Tenho uma bactéria que está no meu nariz e eu tenho tentado tratamento com antibióticos nos Estados Unidos, os do Brasil não conseguem tratar. Os antibióticos não são o suficiente, estou tentando tratamentos experimentais”, desabafa.

 


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