Em breve o consumidor brasileiro vai ganhar mais uma alternativa de como abastecer o veículo.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) autorizou a venda do sistema delivery de gasolina comum e também de etanol. A nova modalidade de comprar combustíveis no país veio surgiu de um projeto-piloto criado pela própria ANP a cerca de cinco meses por meio de uma consulta pública.
Os testes do modelo de venda foram satisfatórios e seguros, segundo a agência, só que o projeto teve que ser paralisado. Temendo perda nas vendas por causa da concorrência e o modelo nada seguro de transportar o produto inflamável, as maiores distribuidoras do país pediram ajuda aos sindicatos e a briga foi parar na Justiça. A ANP, porém, venceu a queda de braço.
Menos de 24 horas depois da decisão do Tribunal Regional, a ANP, com a ordem judicial debaixo do braço, já anunciou o novo método de comprar combustível no país. Para isso, os postos de combustíveis terão que se adaptar em um prazo de 180 dias.
O modo de entrega desse combustível ainda está gerando dúvidas na cabeça do consumidor. “Eu não quero. Isso vai ser um perigo. Incêndio, explosão”, opinou uma consumidora. A nova regra permite que o cidadão abasteça o veículo com álcool ou gasolina sem se deslocar para o posto. A venda só pode acontecer dentro dos limites de cada município.
O posto que quiser adotar a venda tem dois meses para se adequar ao novo sistema com a contratação de pessoal, disponibilização de recipiente ou caminhão-pipa para o transporte do combustível, além de criar meios seguros para entrega. O sistema de divulgação dos preços também mudou. Antes haviam três dígitos após a vírgula.
Agora, voltarão a ter apenas dois números, ficando mais fácil de ler o preço no letreiro ou nas bombas. Mesmo assim, a população não aprovou tal medida e ainda teme o risco de acidentes. “Eu vejo como perigosa, né? Porque eu não sei como vai ser entregue”, afirmou outro usuário. O novo sistema delivery de combustível só valerá após a publicação no Diário Oficial da União.