Política
‘Sérgio Moro demonstrou interesse e ambições políticas’, analisa Constantino
Comentaristas do programa 3 em 1 debateram as declarações do presidente dadas em entrevista exclusiva à Jovem Pan de Curitiba
08/11/2021 18h05
Por: Fonte: Jovem Pam

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acredita que a PEC dos precatórios, que está sendo discutida na Câmara dos Deputados, deve ser aprovada no segundo turno. O mandatário expressou sua opinião em entrevista exclusiva à Jovem Pan de Curitiba na manhã desta segunda-feira, 8. 

Quanto à Petrobras, Bolsonaro afirmou que a melhor solução para o Brasil é se livrar da estatal sem que ela se transformasse em um monopólio privado. Ainda sobre os combustíveis, ele reclamou do valor da gasolina e colocou o alto preço como a principal demanda e problema atual da economia brasileira. 

Além disso, o mandatário comentou a filiação do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ao Podemos e sua possível candidatura à presidência da República em 2022. “Ele sempre teve um propósito político. Nada contra, mas fazia aquilo de forma camuflada e ele tinha intenção sim de ir ao Supremo”, afirmou Bolsonaro.

Durante o programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta segunda-feira, o comentarista Rodrigo Constantino analisou as declarações do presidente sobre a filiação de Moro ao Podemos, dizendo que Bolsonaro estava certo em sua análise. Entretanto, o comentarista diz que a politização da trajetória de Moro não significa que seu trabalho como juiz tinha um planejamento político. 

“Ele está certo na questão do Sérgio Moro. Ele está dizendo que o Sérgio Moro politizou a sua trajetória. Isso não quer dizer que, na minha opinião, lá atrás enquanto juiz, houvesse algum tipo de intuito ou planejamento político […]. Não acho que é esse o caso, mas faz algum tempo que o ex-juiz optou pelo caminho da política. […] Sérgio Moro mostrou algum tipo de interesse, de ambição, de meta política. 

É do jogo, é legítimo. Ele é um cidadão e tem direito a isso. Agora, não vamos dourar a pílula. Não vamos fingir que o Moro ministro já não era alguém agindo com intuito político”, analisou Constantino.