Ao menos 31 pessoas morreram depois que o bote onde elas estavam naufragou enquanto tentavam atravessar o Canal da Mancha da França para o Reino Unido, nesta quarta-feira (24), de acordo com o prefeito da cidade de Teteghem. Segundo o jornal "La Voix du Nord", citando fontes oficiais, o número chegou a 33.
As autoridades locais haviam dito anteriormente que cinco imigrantes haviam se afogado, mas que era provável que o número aumentasse porque vários dos resgatados se encontravam em estado grave.
Franck Dhersin, prefeito de Teteghem e vice-presidente de Transportes para a Região Norte da França, foi quem anunciou as mortes. O Ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, disse que estava indo para o local. "Forte emoção diante da tragédia de numerosas mortes devido ao naufrágio de um barco de imigrantes no Canal da Mancha", escreveu ele em um tuíte.
Dois helicópteros e três barcos da polícia ou de resgate estavam no local, disseram as autoridades locais. Um pescador, Nicolas Margolle, disse que havia visto dois pequenos barcos mais cedo nesta quarta-feira, um com pessoas a bordo e outro vazio.
Ele disse que outro pescador havia chamado a operação de resgate depois de ver um bote vazio e 15 pessoas flutuando sem movimento por perto, inconscientes ou mortas.
Ele confirmou que havia mais barcos nesta quarta-feira porque o tempo estava bom. "Mas está frio", acrescentou Margolle.
No início da quarta-feira, um grupo de mais de 40 migrantes foi visto indo em direção ao Reino Unido em um bote.
O Canal da Mancha é uma das rotas de navegação mais movimentadas do mundo e as correntes são fortes. Os barcos pequenos muitas vezes ficam à mercê das ondas.
Embora a polícia francesa esteja impedindo mais travessias do que em anos anteriores, as ações interromperam só parcialmente o fluxo de migrantes que querem chegar ao Reino Unido, no que se tornou uma das muitas fontes de tensão entre Paris e Londres.