O médium João de Deus foi condenado, nesta quinta-feira (25/11), a 44 anos e seis meses de prisão em regime inicialmente fechado, acusado de cometer quatro estupros — dois deles contra vítimas vulneráveis. A decisão é do juiz Marcos Boechat Lopes Filho, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Os fatos ocorreram entre 2009 e 2018 e envolveram cinco vítimas. No entanto, o réu foi absolvido do crime registrado por uma delas, por insuficiência de provas.
Além da pena, o magistrado condenou João de Deus ao pagamento de indenização por danos morais às vítimas. Os valores variam de R$ 20 mil a R$ 75 mil. O acusado permanecerá em prisão domiciliar, determinada após julgamento de outro processo ao qual respondeu, e pode recorrer da sentença.
Procurado pela reportagem, o advogado de defesa de João de Deus, Anderson Van Gualberto, afirmou que ainda não foi intimado sobre a sentença. Mesmo assim, acrescentou que pretende recorrer às demais instâncias do Poder Judiciário em caso de condenação.
O advogado reforçou que, após análise dos fundamentos da sentença, apresentará recursos. "O espetáculo público promovido em torno do processo do sr. João Teixeira de Faria tem impedido uma análise imparcial de todos os elementos que envolvem o caso 'João de Deus'", comentou Anderson, em nota.