Em crise por reajuste apenas a policiais, o governo federal encontra cada vez mais resistência de outras categorias do funcionalismo. O Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) informou, na tarde desta quinta-feira (30/12), que 951 auditores fiscais entregaram cargos de chefia.
Segundo o Sindifisco Nacional, a adesão à paralisação da categoria ultrapassa 90% do quadro efetivo. Outras categorias, como o Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que representa carreiras de base do funcionalismo, o chamado 'carreirão' e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), representante da elite do serviço público, também mobilizam manifestações e até paralisações para o início de 2022.
Uma reunião emergencial foi realizada na quarta-feira (29/12) para debater direcionamentos sobre o que pode ser feito no começo de 2022 para tentar reverter a situação.
O objetivo é negociar com integrantes da categoria que formam a base do funcionalismo público, cerca de 80%, e que recebem os menores salários dentro do serviço público federal. Sem reajuste desde 2017 e com inflação acumulada de 27,2% de lá para cá, o sentimento geral entre os funcionários do do carreirão é de indignação, segundo apurado pelo Correio.