Depois da comoção gerada em Marrocos e no mundo inteiro pela morte trágica do pequeno Rayan, que morreu preso em um poço, o menino foi enterrado nesta segunda, 7, perto de sua cidade, diante de centenas de pessoas. A cerimônia ocorreu durante a oração muçulmana do meio-dia em um cemitério a alguns quilômetros de Ighran, cidade onde ocorreu o acidente.
Um irmão pronunciou uma breve oração para a família e os convidados, antes do enterro. Na noite de sábado, depois de cinco dias, o corpo do menino foi retirado e levado ao hospital militar de Rabat, provavelmente para realizar uma necropsia. O destino dele se transformou em tema de interesse nacional e foi o rei marroquino quem anunciou sua morte no sábado depois do resgate.
O rei Mohamed VI chamou os pais para oferecer a eles suas condolências. No domingo começaram os trabalhos para cobrir o poço e o túnel de emergência cavado para tentar salvar o menino. Rayan caiu acidentalmente na terça-feira passada em um poço seco de 32 metros de profundidade. O buraco estreito e de difícil acesso foi construído perto da casa onde o menino morava, em Ighran.
Até sexta-feira, os socorristas tentaram entregar água e oxigênio ao garoto, sem ter certeza se conseguiriam. Desde que o drama foi anunciado, milhares de pessoas se reuniram e acamparam em solidariedade na cidade. Ao mesmo tempo em que a tragédia uniu os marroquinos, também gerou um debate sobre a proliferação e o perigo de poços clandestinos na região. De acordo com a imprensa, eles são usados para irrigar plantações, incluindo plantações de maconha.
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