A Nova Zelândia enfrenta seu pior momento da pandemia de Covid-19. Em 24 horas, o país registrou 1.160 infectados. De acordo com as autoridades sanitárias, trata-se do número mais elevado que o país já enfrentou. Apesar do aumento no número de casos, manifestantes antivacina continuam protestando e comemorando as tentativas frustradas da polícia de retirar os veículos que bloqueiam as ruas ao redor do Parlamento.
O país de mais de cinco milhões de habitantes é referência no controle da pandemia por apresentar números bem inferiores em relação aos demais. Foram apenas 53 mortos por coronavírus e mais de 70% da população está totalmente vacinada.
A variante Ômicron começou a se espalhar pelo arquipélago e fez com que as autoridades sanitárias voltassem a adotar medidas sanitárias e uma política de vacinação. Esse posicionamento para combater a proliferação não agradou a todos, e os manifestantes inspirados pelos autoproclamados “comboios da liberdade” canadenses decidiram protestar contra as medidas implantadas. Na semana passada, os protestantes neozelandeses bloquearam estradas com carros, caminhões e trailers antes de acamparem no gramado do Parlamento, no centro de Wellington.
A polícia neozelandesa tem se mostrado passiva, com exceção do ocorrido em 19 de fevereiro, que terminou com 122 pessoas presas. Mas na terça-feira, 14, eles endureceram o tom, classificando as manifestações como “inaceitáveis” e anunciando o envio de gruas para liberar as ruas. A ajuda do Exército foi solicitada, e o comissário de polícia Andrew Coster advertiu que qualquer pessoa que tentar obstruir a operação “iminente” poderá ser detida.
Até essa quarta-feira, 16, nenhum guindaste, caminhão de reboque ou veículo similar havia sido mobilizado, e quando a polícia tentou assumir o controle de uma área perto de veículos estacionados, foram recebidos por manifestantes em massa.
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