O ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, acusado de assédio sexual e moral, admitiu que usou dinheiro do banco para custear obras na mansão onde mora, em uma das áreas mais luxuosas de Brasília. A denúncia que está sendo analisada pelo Ministério Público Federal (MPF) mostra que Guimarães autorizou as obras em junho de 2020 ao alegar supostas ameaças. A instituição financeira informou que a obra na casa do então presidente do banco foi para melhorar a segurança, o que consta no regimento interno da empresa. Segundo a denúncia, a obra custou mais de R$ 50 mil e esse valor pode subir ainda mais.
A empresa responsável pela obra é a MBM Engenharia e o último contrato de prestação de serviço assinado tem o valor de R$ 16,3 milhões de reais, deste total R$ 4,9 milhões já foram recebidos pela empresa. A obra foi autorizada pela diretora-executiva de logística e segurança da caixa, Simone Benevides de Pinho Lima. Fotos mostram os funcionários da empresa de engenharia trabalhando na mansão, que foi alugada depois que o ex-presidente da Caixa deixou o apartamento de luxo custeado pelo próprio banco.
O novo jardim custeado pela instituição financeira tem um novo projeto paisagístico e contou com a instalação de onze postes de iluminação. O salário de Guimarães era cerca de R$ 56 mil e, com as gratificações, o valor de rendimento passava de 200 mil reais por mês. Em mais conversas, divulgadas pelo jornal Metrópoles, o ex-presidente da Caixa perde a paciência quando descobre que perderá mais de R$ 100 mil em bonificações e que terá que devolver o dinheiro.
Ainda segundo a denúncia analisada pelo MPF, Pedro Guimarães tentou passar para o banco várias outras obras na mesma mansão, que acabaram barradas pela própria Caixa. Em nota, a MBM Engenharia informou que não vai comentar o assunto. O advogado José Luís Oliveira Lima, que representa o ex-presidente da empresa, afirma que a obra foi feita dentro da legalidade.
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