Gestão Pública

Max Maciel propõe debate sobre a “situação real” do DF; base do governo reage

Sem quórum para votação, a sessão da Câmara Legislativa desta quarta-feira (13) foi dominada por debate sobre a situação do Distrito Federal e o go...

13/03/2024 21h01
Por: Redação
Fonte: Agência CLDF
Foto: Rinaldo Morelli/ Agência CLDF
Foto: Rinaldo Morelli/ Agência CLDF

Sem quórum para votação, a sessão da Câmara Legislativa desta quarta-feira (13) foi dominada por debate sobre a situação do Distrito Federal e o governo de Ibaneis Rocha. A discussão foi levantada pelo deputado Max Maciel (PSOL), que propôs abordar a “situação real do DF” e seus “problemas reais”. Dirigindo-se aos deputados governistas, ele questionou: “Que problemas vocês estão discutindo com o governo?”.

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O parlamentar da oposição lamentou a grande quantidade de pessoas desempregadas no DF, as quais vivem da mendicância ou vendendo panos de chão e balinhas em bares e restaurantes. “A cidade com o maior IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] do Brasil esconde uma Brasília real que ninguém vem aqui tratar”, disse. 

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Segundo informou Max Maciel, o DF registra 8 mil pessoas em situação de rua e 10% em situação de mendicância. “Como vamos resolver a situação dos empobrecidos da cidade?”, perguntou. E completou, dirigindo-se mais uma vez aos colegas governistas: “Não acho que tenha uma solução fácil, mas qual solução estão tratando com o governo?”.

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O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) fez questão de responder, ressaltando ter orgulho de ser da base de um “governo trabalhador”. “O deputado Max Maciel fez um desafio à base do governo. Eu vou defender o governo Ibaneis. É fácil criticar quando se é oposição”, afirmou. “Temos problemas, mas qual cidade não tem? Os recursos não são muitos, mas estamos vendo a cidade asfaltada, tapa-buraco acontecendo, árvores sendo podadas. O governo está presente”, argumentou.


“Fomos eleitos para reivindicar e para poder cobrar. Sou da base e vou continuar cobrando e parabenizando. Criticar é mais fácil. O governo tem se esforçado bastante”, opinou o deputado Rogério Morro da Cruz (sem partido).

O deputado Thiago Manzoni (PL) destacou não haver “governo perfeito” e apontou que a gestão de Ibaneis Rocha tem aprovação da população. Sobre o combate à pobreza, o parlamentar pregou o liberalismo econômico. “Não há que se combater a desigualdade, mas não podemos tolerar a pobreza. E a pobreza não é combatida quando o gerador de riqueza é desrespeitado, ofendido, agredido, como se prosperar fosse um crime”, defendeu. “A solução não vai ser dada pelo Estado. O governo só precisa ‘sair da frente’ e deixar a gente trabalhar. Quem causa a pobreza é o Estado, a quem as pessoas se acostumaram a recorrer”, concluiu. 

Já o deputado Ricardo Vale (PT), ao relatar a audiência pública realizada ontem (12), com pessoas em situação de rua, fez um apelo: “A situação é gravíssima. São 8 mil pessoas em vulnerabilidade total, sem moradia, sem emprego, sem possibilidade de construir relações sociais. Fica o apelo ao governo para dar a atenção que essas pessoas merecem”.

Dengue

A discussão sobre o governo envolveu, também, a situação de emergência da dengue. O deputado Fábio Felix (PSOL) considerou que o DF está vivendo “a pior tragédia de dengue”, com 140 mil casos prováveis apenas este ano, um aumento de 1.575% em relação a 2023. “É uma tragédia humanitária. Não adianta a base tentar ‘pintar’ o Ibaneis maravilhoso, o governo lindo de Ibaneis. O culpado é o governo do DF, que não fez o dever de casa”, disparou.  

Pastor Daniel de Castro saiu, mais uma vez, em defesa de Ibaneis, dizendo ter responsabilidade, também, o governo federal, “que não comprou vacina”. Ele elencou, então, uma série de ações realizadas pela Secretaria de Saúde, citando os números de atendimentos e de cirurgias, entre outras.

Violência contra a mulher

Por sua vez, a deputada Dayse Amarilio (PSB), tratou dos Núcleos de Prevenção e Assistência a Situações de Violência (Nupavs) da Secretaria de Saúde. “Sei das dificuldades da rede, mas a verdade é que não temos tido assistência nem prevenção”, reclamou. 

Segundo a distrital, esses núcleos nunca foram regulamentados pelo governo e funcionam de forma precária, faltando servidores para fazerem os atendimentos. “Está sendo uma política de fachada”, considerou. “A pauta da mulher não tem base nem oposição. Mulher precisa ter, de verdade, prioridade”, concluiu.

Denise Caputo - Agência CLDF

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