A Anatel retomou nesta sexta-feira, 5, o leilão do 5G, a mais recente tecnologia de conexão via internet. O certame teve início na quinta-feira, 4, mas deverá se estender ao longo desta sexta pelo número de concorrentes e faixas ofertadas.
O processo conta com a participação de 15 empresas, incluindo cinco operadoras de telefonia que atuam no Brasil e consórcios com potencial para prestar o novo serviço. O dia começou com a oferta da faixa de 26 GHz, uma das faixas consideradas “puras”, cujo um dos compromissos será levar internet a escolas públicas de educação básica.
A Claro arrematou os dois primeiros lotes: o G1, por R$ 52 milhões, e o G2, R$ 52 milhões. A Telefônica Brasil, controladora da Vivo, ficou com os lotes G3, G4 e G5. Os três foram arrematados pelo mesmo valor: R$ 52,8 milhões. A empresa foi a única proponente apta para os dois últimos segmentos. Todos esses lotes são para cobertura nacional.
Entre os lotes regionais, a Tim foi a maior compradora. A operadora arrematou o lote H19, da região Sul, por R$ 8 milhões; o lote H25, que contempla os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, por R$ 11 milhões; e o lote H31, do Estado de São Paulo, por R$ 12 milhões.
A empresa ainda ficou com o I6, de abrangência nacional, oferecendo outorga de R$ 27 milhões, com ágio de 2,2%; o J20, com área de prestação na região Sul, por R$ 4 milhões e ágio de 6,12%; o J26 (Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo), por R$ 6 milhões, ágio de 18,42%; e o J33 (São Paulo), por R$ 6 milhões e ágio de 5,96%.
A Neko Serviços apresentou proposta de R$ 8,49 milhões e levou o ote J32, que contempla a região de São Paulo, se tornando a mais nova operadora de telefonia no país. A Algar levou as unidades H37, H38, H39, H40 e H41 por R$ 935 mil, R$ 935 mil, R$ 1,037 milhão, R$ 1,037 milhão e R$ 1,399 milhão, respectivamente. Os lotes atenderão partes de Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul e o sul de Minas Gerais.
A Flylink foi a vencedora do lote H42, com a mesma abrangência das unidades arrematadas pela Algar, oferecendo proposta de R$ 900 mil, e engloba a lista das seis novas prestadoras de serviço móvel no Brasil.
Na quinta-feira, 4, o Ministério das Comunicações arrecadou cerca de R$ 7 bilhões com o leilão. No primeiro dia do certame, a Claro, Vivo e Tim arremataram a faixa de 3,5 GHz do 5G, considerada a mais disputada do leilão de quinta. A Claro fez um lance de R$ 338 milhões (ágio de 5,18%), enquanto a Vivo e a Tim ganharam por R$ 420 milhões (ágio de 30,69%) e R$ 351 milhões (ágio de 9,22%), respectivamente.
Um quarto lote foi colocado para leilão, mas não recebeu propostas. A primeira faixa, de 700 MHz, foi arrematada pela Winity II Telecom Ltda. Até o momento, o leilão já resultou na entrada de seis novas operadoras de telefonia no mercado brasileiro: Winity, Brisanet, Cloud2U, Consórcio 5G Sul, Flylink e Neko. Confira o balanço do primeiro dia de leilão.
Estão sendo ofertadas quatro faixas de radiofrequências: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Essas faixas funcionam como uma espécie de rodovia no ar, por meio de ondas eletromagnéticas, responsáveis pelas transmissões de TV, rádio e internet. O edital estabelece compromissos nacionais e regionais de investimentos de cobertura e backhaul que obrigam as empresas vencedoras do leilão a atenderem áreas pouco ou não servidas, como localidades e estradas, com tecnologia 4G ou superior.
Para os municípios com mais de 30 mil habitantes, estão previstos compromissos de atendimento já com tecnologia 5G. Nas capitais e no Distrito Federal, o 5G deverá começar a ser oferecido pelas vencedoras do leilão antes de 31 de julho de 2022. Todas as regiões do país deverão ser cobertas pela tecnologia até 2029.
Além disso, o edital também contempla recursos para a implementação de redes de transporte em fibra óptica na Região Norte e a construção da Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal, para sustentação dos serviços de governo.
Segundo levantamento da Anatel, os segmentos que mais contribuirão para o crescimento econômico do Brasil nos próximos anos são: tecnologia da informação e comunicação, governo, manufatura, serviços, varejo e agricultura. Com a chegada da tecnologia 5G, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro aumente R$ 6,5 trilhões nos próximos 15 anos.
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