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Trigêmeos perdem mãe, pai, avó e tia em seis meses e tio adota crianças

"Parece que minha ficha não caiu ainda, mas eu preciso ser forte para eles, por eles", desabafou o tio das crianças

13/11/2021 09h55
Por: Redação
Fonte: Correio Braziliense

Na última terça-feira (9/11), comemorou-se o Dia Mundial da Adoção e, para os trigêmeos Pedro, Paulo e Felipe Ferreira, o dia agora tem um novo significado. Em apenas seis meses, tragicamente, os irmãos perderam o pai em um acidente de moto e a mãe, tia e avó para a covid-19. Os irmãos foram adotados pelo tio. 

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Dona Valentina, que era a avó dos trigêmeos, tinha 66 anos e foi a primeira a ser internada na Santa Casa de Votuporanga (SP) no início de março, quando foi diagnosticada com o coronavírus. Ela e suas duas filhas, Ana Paula, mãe dos trigêmeos, de 37 anos e Karina de 33 anos, haviam sido contaminadas.

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Karina foi a primeira a não resistir às complicações da doença e morreu no dia 13 de março. Três dias depois, Ana Paula também não resistiu. A última a vir a óbito foi Valentina, que morreu uma semana depois das filhas.

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Como parente mais próximo, Douglas do Amaral de 26 anos, irmão e filho das mulheres, ficou responsável pelos três sobrinhos. Ele e a esposa trabalham juntos em uma lanchonete na cidade Votuporanga-SP e têm juntos uma menina de um ano.

Porém, com a chegada dos trigêmeos, a família passou por dificuldades financeiras e, por isso, eles criaram uma vaquinha virtual para ajudá-los nas despesas. A arrecadação já foi encerrada, foram angariados mais de R$ 239 mil. 

"As crianças ainda não têm muita noção do que realmente aconteceu. Eles sabem que a mãe, a tia, a avó e o pai viraram estrelinhas, mas eles acham que um dia eles vão voltar", Douglas contou. Ana Paula, mãe dos trigêmeos e irmã de Douglas tinha também um filho de 18 anos, de um relacionamento anterior. 

O tio conseguiu pegar a guarda definitiva dos meninos, e logo mais as crianças se mudarão para a casa dele. O dinheiro arrecadado na vaquinha foi destinado para o sustento da família e também para adaptar a casa para receber as crianças. "Eu não posso nem chorar, parece que minha ficha não caiu ainda, mas eu preciso ser forte para eles, por eles”, desabafou". 


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