A social-democrata Magdalena Andersson foi eleita como primeira-ministra da Suécia pelo Parlamento do país nesta quarta, 24, mas renunciou ao cargo apenas oito horas depois, após a coalizão liderada por ela perder o apoio dos verdes, um dos três partidos que a formavam (os outros dois são os sociais-democratas e o Partido da Esquerda).
Andersson afirmou, no entanto, que tentará formar uma nova coalizão. “Há uma prática constitucional segundo a qual um governo de coalizão renuncia quando um partido sai. Não quero liderar um governo cuja legitimidade esteja em questão”, disse a líder dos sociais-democratas, a primeira a ser eleita primeira-ministra da Suécia.
O Partido Verde deixou a coalizão por causa da reprovação no Parlamento do orçamento de 2022 que Andersson havia apresentado – a votação foi logo depois da que conduziu a nova primeira-ministra ao cargo. A rejeição da lei orçamentária ocorreu porque o Partido do Centro votou contra a proposta, em protesto contra a presença da Esquerda na coalizão.
Andersson havia recebido 144 votos a favor e 174 contrários ao seu nome, com 31 abstenções dos legisladores do Partido de Centro. Na Suécia, um candidato ao cargo de chefe de governo não precisa do apoio da maioria do Parlamento para ter seu nome aprovado; necessita apenas que a maioria (175) não vote contra seu nome.
Na próxima votação para definir o chefe do executivo no país, Andersson deve ser novamente eleita: os verdes e a Esquerda anunciaram que a apoiarão novamente, enquanto o Centro prometeu se abster, o que abriria caminho para uma nova tentativa de formar um governo.
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