Homem que matou idosa no Guará era foragido e tinha 16 passagens pela polícia

Acusado de assassinar uma idosa no Guará 2, José Paulo Trindade, 64 anos, é foragido do sistema prisional do DF desde 2015 e acumula 16 passagens criminais por roubos e furtos. José é apontado como o autor do latrocínio (roubo seguido de morte) contra Geralda Cândida Santos, 79.

Natural de Porto Alegre (RS), José também tem seis mandados de prisão em aberto em São Paulo. Segundo as investigações, o acusado reside em Trindade (GO) e vem ao DF cometer crimes. "Assim que ele assassinou a idosa, fugiu para a casa da filha, em Planaltina de Goiás, de ônibus. A filha, inclusive, entregou a camisa usada por ele no dia do crime", afirmou o delegado-chefe da 4ª Delegacia de Polícia (Guará), Anderson Espindola.

Em 2015, José fugiu do Centro de Progressão Penitenciária (CPP). De acordo com a apuração policial, ele também é suspeito de cometer dois estupros, um em Goiás e outro em Ceilândia.

O crime

Para entrar na casa da idosa, José se passou por marceneiro, abordou a idosa às 10h51 e permaneceu 28 minutos no imóvel, tempo em que estrangulou a mulher com um fio de extensão. Imagens colhidas pela polícia registraram o autor entrando em um ônibus na QE 30 logo após o crime.

Em depoimento, o motorista do coletivo disse à polícia que José entrou no ônibus com um corte no rosto, marcas de sangue e sem máscara facial. O motorista pediu para que ele colocasse a máscara, mas o equipamento de segurança foi encontrado na casa da idosa e recolhido pela polícia.

José desembarcou na QI 7 do Guará e, de lá, foi para a casa da filha, em Planaltina de Goiás. Nas imagens, o autor aparece de mochila, que teria sido furtada na casa da idosa. Além do objeto, o homem levou um notebook, que vendeu em seguida. Os policiais estiveram no município goiano, mas, segundo a filha, o pai saiu da residência na noite anterior.

Geralda Cândida Santos do Nascimento morava com as duas netas na casa. As familiares saíram por volta de 8h para trabalhar, e uma delas retornou por volta das 15h, quando encontrou a avó caída ao chão do quarto com sinais de estrangulamento e com um fio de tomada enrolado no pescoço.O Corpo de Bombeiros do DF foi acionado e constatou o óbito.