Saúde

Vacina brasileira contra Covid-19 começa a ser testada em voluntários

Desenvolvimento clínico do imunizante tem a participação de empresas dos Estados Unidos e Índia; tecnologia usada é a de RNA mensageiro, como a da Pfizer

14/01/2022 09h20
Por: Redação
Fonte: Jovem Pam

Chamada de RNA MCTI CIMATEC HDT, a nova vacina brasileira contra a Covid-19 usa a mesma tecnologia da Pfizer, de RNA mensageiro. O desenvolvimento clínico do imunizante tem a participação de empresas dos Estados Unidos e Índia, além do Brasil. Por aqui, quem está à frente dos estudos é o SENAI Cimatec, que fica em Salvador. A pesquisa tem um financiamento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações de R$ 6 milhões. 

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A primeira fase de testes clínicos em humanos começou na quinta-feira, 13, e terá 90 voluntários. A intenção é medir a imunológica despertada pela vacina e determinar o regime de doses. Por isso, os voluntários serão vacinados com doses e intervalos diferentes, como explica o infectologista e pesquisador chefe do Cimatec, Roberto Badaró. “Essa dose de um micrograma vai ser testada em duas aplicações com intervalo de um mês, 

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outro corte com uma duas doses de intervalo de dois meses e dose única. Seguiremos os participantes por 364 dias, mas em três meses ele encerra a administração de doses já e nós já poderíamos iniciar a fase 2 e 3”, explicou.

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A fase dois reunirá 400 participantes e a fase três pode chegar até 5 mil pessoas. Para ser voluntário, é preciso ter entre 18 e 55 anos, não vacinado contra a Covid-19 ou vacinado que tenha tomado até duas doses, desde que tenha a quantidade menor ou igual a 40% de anticorpos. Quem se disponibilizar ao ser voluntário deve preencher um formulário que está disponível no site do Ministério de Ciências, Tecnologia e Inovações. 

Em entrevista o Jornal Jovem Pan, o ministro Marcos Pontes disse que a perspectiva é que a vacina esteja disponível no começo do ano que vem. Ele também destacou a importância de ter um imunizante com essa tecnologia específica para o futuro. “É uma vacina muito eficiente, aliás, é mais eficiente do que essas que nós temos agora de RNA. 

Ela utiliza doses bem menores, o que permite que possa ser incluído, inclusive, várias mutações. Ela é de terceira geração, como se chama. No SENAI Cimatec, nós já estamos fazendo os planos para a construção de um centro de produção de vacinas”, afirmou. Segundo o ministro, os testes clínicos em humanos também serão feitos nos Estados Unidos e já estão em andamento na Índia, com resultados preliminares positivos em relação à segurança e efetividade.


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