A onda de calor que ocupou o Uruguai (além do norte da Argentina e o sul do Brasil) fez uma grande quantidade de vítimas entre as aves do país vizinho. De acordo com o produtor e presidente da APAS (Associação de Produtores Avícolas Sul), Joaquín Fernández, cerca de 400 mil galinhas morreram por causa das altas temperaturas e o tempo seco, o que causou perdas de US$ 1 milhão (R$ 5,57 milhões, na cotação atual).
O número representa entre 10% e 20% da produção uruguaia do setor, um nível histórico de perdas. “É a primeira vez que algo assim acontece. Estou no setor há 43 anos e nunca tinha vivido isso”, disse Fernández ao jornal local ‘Subrayado’.
De acordo com o produtor, o organismo das aves é prejudicado pelo calor por elas não terem glândulas sudoríparas como os mamíferos, portanto, não contam com o suor para regular a temperatura do corpo – assim, as galinhas acabam sem conseguir respirar e morrem. Contudo, segundo Fernández, não há risco de desabastecimento do setor.
Na capital Montevidéu, o termômetro chegou a 41,2ºC em 14 de janeiro, o dia mais quente dentre os últimos, enquanto a cidade de Florida marcou 44ºC. A temperatura caiu nesta semana e a previsão, segundo o site brasileiro Climatempo, é de oscilação entre 22ºC e 27ºC nos próximos dias; contudo, fortes chuvas causaram alagamentos em Montevidéu na segunda, 17.
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