Internacional

Cocaína adulterada mata 17 e faz 56 serem hospitalizados na Argentina

Polícia investiga contaminação com veneno em meio a disputa de traficantes da região metropolitana de Buenos Aires

03/02/2022 09h11
Por: Redação
Fonte: Jovem Pam

Ao menos 17 pessoas morreram e 56 foram hospitalizadas na região metropolitana de Buenos Aires, capital da Argentina, após consumirem cocaína adulterada, confirmaram autoridades argentinas nesta quarta, 2. O material da provável contaminação ainda não é conhecido, mas as hipóteses iniciais são de que a droga teria sido misturada a veneno contra ratos especialistas ouvidos pela imprensa argentina falam também em uma substância derivada de opioides. A polícia acredita que a adulteração tenha sido feita de forma intencional, dentro de um contexto de conflito entre grupos de traficantes.

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Uma operação policial foi realizada na madrugada desta quarta na comunidade Porta 8, na cidade de Tres de Febrero, região metropolitana de Buenos Aires, onde a cocaína teria sido comprada. De acordo com o jornal “Clarín”, dezenas de pessoas foram presas e pacotes com uma substância similar à que provocou as intoxicações foram coletados. Uma nota de 20 pesos com resquícios da droga também foi encontrada no bolso de uma das pessoas internadas e será analisada pelos peritos. 

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A imprensa argentina indica que as mortes e hospitalizações foram registradas nas cidades de Hurlingham, Tres de Febrero, San Martín e Ituzaingó. A maioria dos casos envolve homens entre 31 e 45 anos, as identidades das vítimas não foram divulgadas. Os relatos iniciais apontam que eles teriam sofrido convulsões e paradas cardíacas.

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A promotoria de Buenos Aires pediu que consumidores que compraram cocaína na região metropolitana da capital recentemente descartem a droga. O governo municipal de Tres de Febrero fez recomendação parecida, alertando para “possíveis sintomas como confusão, convulsões e perda de consciência”. ​O procurador-geral Germán Martínez afirmou que é grande o risco de, nos próximos dias, crescer o número de vítimas e internados. “Alguém pode ter comprado a cocaína nas últimas horas e consumi-la, em qualquer parte do país. 

O importante é que quem tenha isso no bolso se dê conta do risco”, afirmou. Ele confirmou a hipótese inicial de o caso resultar de um ajuste de contas entre traficantes, mas ressaltou que uma contaminação desse tamanho nesse contexto é algo raro. ​


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