Futebol

Justiça suíça pede prisões de presidente do PSG e ex-dirigente da Fifa; entenda

Al-Khelaifi, de 48 anos, e Valcke, de 61, fizeram um “acordo corrupto”, afirmou a promotora federal Cristina Castellote

09/03/2022 13h20Atualizado há 3 anos
Por: Redação
Fonte: AFP

A Promotoria suíça pediu 28 meses de prisão para o presidente do Paris Saint-Germain, Nasser al-Khelaifi, e de 35 meses para o ex-secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em um processo envolvendo direitos de televisão da Copa do Mundo. Ao contrário do que ocorreu no julgamento em primeira instância, em 2020, quando ambos os dirigentes foram absolvidos, a promotora federal Cristina Castellote desta vez não pediu as prisões como parte de pena condicional. Al-Khelaifi, de 48 anos, e Valcke, de 61, fizeram um “acordo corrupto”, afirmou Cristina, citada pela agência de notícias ATS-Keystone.

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A justiça da Suíça investiga desde 2015 uma série de escândalos do futebol mundial. No caso dos dois dirigentes, ambos são acusados de terem feito um acordo às escondidas da Fifa, realizando “gestão desleal”, e podem pegar até cinco anos de prisão. Tal como a acusação, o Tribunal decidiu no primeiro processo que Valcke teria recebido por seu apoio à rede de televisão “beIN Sports” uma luxuosa casa na ilha da Sardenha, na Itália, comprada por 5 milhões de euros (R$ 27,5 milhões, na cotação atual) por uma empresa que foi propriedade de Al-Khelaifi.

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O ex-secretário-geral da Fifa pediu ajuda do presidente do PSG para financiar o imóvel poucos meses antes da assinatura de um contrato entre a “beIN Sports” e a Fifa pelos direitos de transmissão no norte da África e no Oriente Médio das Copas do Mundo de 2026 e 2030. No processo, os magistrados chegaram a descrever como “propina” o depósito para a compra da casa, mas a nível penal o Tribunal não podia proceder uma condenação por “corrupção privada” e a Fifa retirou sua denúncia em janeiro de 2020, após um acordo com Al-Khelaifi, cujos termos nunca foram divulgados.

 

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Agora permanece a acusação de “gestão desleal”, que precisa provar que o acordo entre os dirigentes prejudicou a FIFA. “Nada indica que a Fifa poderia ter obtido um contrato mais vantajoso” que o assinado com a beIN Sports por US$ 480 milhões (R$ 2,4 bilhões, na cotação atual) para duas Copas do Mundo, 60% acima do valor para os Mundiais de 2018 e 2022, quando a emissora era a única concorrente pelos direitos de transmissão, destacou o Tribunal.

 

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